segunda-feira, 13 de junho de 2011

UMA HOMENAGEM À FERNANDO PESSOA

Não se acostume com o que não o faz feliz, revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!
Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Para Pensarmos...

"Mesmo que a rota da minha vida me conduza a uma estrela, nem por isso fui dispensado de percorrer os caminhos do mundo."
José Saramago

CHE, uma história de luta !!!!!

Ernesto Guevara de la Serna, conhecido por Che Guevara ou El Che (Rosário, Argentina, em 14 de Junho de 1928 - La Higuera, Bolivia, 9 de Outubro de 1967), guerrilheiro revolucionário e homem político.
 Ultimamente tenho pensado bastante neste homem e naquilo que ela representou e representa. Um tempo de luta por liberdade e por justiça!! Um Homem que conseguiu em sua célebre frase "Hay que endurecerse, pero sin perder la ternura jamás" demosntrar que lutar por ideais de justiça e pelo bem comum, não necessita matar o sentimento e a compaixão pelo ser humano... É preciso sabedoria para lutar... e mais uma vez utilizando as palavras de Che ""Déjeme decirle, a riesgo de parecer ridículo, que el revolucionario verdadero está guiado por grandes sentimientos de amor..". Pois é o  AMOR que deve sempre guiar os nossos passos, dia após dia, porque sem ele nada faz sentido. Que falta você está fazendo CHE!!! Apesar de ter utilizado a luta armada como forma de conquistar a liberdade, demosntrou que o AMOR que sentia pelo ser humano na verdade o que movia a sua causa!!!

Ericka Cunha

terça-feira, 31 de maio de 2011

VERDADES DA PROFISSÃO DE PROFESSOR


Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.

UM POEMA DE NERUDA PARA CELEBRAR MEU AMOR POR TI...

O teu riso
Tira-me o pão, se quiseres,
tira-me o ar, mas não
me tires o teu riso.
Não me tires a rosa,
a lança que desfolhas,
a água que de súbito
brota da tua alegria,
a repentina onda
de prata que em ti nasce.
A minha luta é dura e regresso
com os olhos cansados
às vezes por ver
que a terra não muda,
mas ao entrar teu riso
sobe ao céu a procurar-me
e abre-me todas
as portas da vida.
Meu amor, nos momentos
mais escuros solta
o teu riso e se de súbito
vires que o meu sangue mancha
as pedras da rua,
ri, porque o teu riso
será para as minhas mãos
como uma espada fresca.
À beira do mar, no outono,
teu riso deve erguer
sua cascata de espuma,
e na primavera , amor,
quero teu riso como
a flor que esperava,
a flor azul, a rosa
da minha pátria sonora.
Ri-te da noite,
do dia, da lua,
ri-te das ruas
tortas da ilha,
ri-te deste grosseiro
rapaz que te ama,
mas quando abro
os olhos e os fecho,
quando meus passos vão,
quando voltam meus passos,
nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria.
Pablo Neruda
Este poema é em homenagem ao meu GRANDE AMOR...EDILSON!!!!

É PROIBIDO

É proibido chorar sem aprender,
Levantar-se um dia sem saber o que fazer
Ter medo de suas lembranças.

É proibido não rir dos problemas
Não lutar pelo que se quer,
Abandonar tudo por medo,

Não transformar sonhos em realidade.
É proibido não demonstrar amor
Fazer com que alguém pague por tuas dúvidas e mau-humor.
É proibido deixar os amigos

Não tentar compreender o que viveram juntos
Chamá-los somente quando necessita deles.
É proibido não ser você mesmo diante das pessoas,
Fingir que elas não te importam,

Ser gentil só para que se lembrem de você,
Esquecer aqueles que gostam de você.
É proibido não fazer as coisas por si mesmo,
Não crer em Deus e fazer seu destino,

Ter medo da vida e de seus compromissos,
Não viver cada dia como se fosse um último suspiro.
É proibido sentir saudades de alguém sem se alegrar,

Esquecer seus olhos, seu sorriso, só porque seus caminhos se
desencontraram,
Esquecer seu passado e pagá-lo com seu presente.
É proibido não tentar compreender as pessoas,
Pensar que as vidas deles valem mais que a sua,

Não saber que cada um tem seu caminho e sua sorte.
É proibido não criar sua história,
Deixar de dar graças a Deus por sua vida,

Não ter um momento para quem necessita de você,
Não compreender que o que a vida te dá, também te tira.
É proibido não buscar a felicidade,

Não viver sua vida com uma atitude positiva,
Não pensar que podemos ser melhores,
Não sentir que sem você este mundo não seria igual.

PLABO NERUDA

segunda-feira, 30 de maio de 2011

A construção da identidade docente

Com relação ao debate acadêmico que discute a docência como arte ou como ciência, ouso considerar que de fato o que sempre existiu foi o entrelaçamento desses dois conceitos em um mesmo campo, que permite ao profissional da educação transitar entre eles.


Para Pierre Bourdie, "toda arte é, de alguma maneira, feita duas vezes. Pelo criador e pelo espectador, ou melhor, pela sociedade à qual pertence o espectador, e em sua situação cultural específica". Portanto, ao se discutir a formação do profissional da educação, pedagogia e o ato pedagógico como arte ou como ciência, considero fundamental refletir sobre a possibilidade de reconhecer docência como arte sem, contudo colocar-lhe em um lugar menor. E mais, a docência constitui-se ao longo do tempo em um campo científico importante para compreensão do próprio ato pedagógico. Além disso, a docência como arte não deve ser entendida como diversa "do resultado da atividade humana, do esforço criador e re-criador do homem, de seu trabalho por transformar e estabelecer relações dialogais com outros homens", como afirmou Paulo Freire .Ela precisa ser abordada em sua rede de relações. Portanto, no que tange à formação do profissional da educação e a pedagogia não é possível tecer uma concepção prudente se considerarmos arte e ciência conceitos contrários. Estes dois conceitos se entrelaçam e se complementam em um movimento contínuo e complexo e, embora guardem as suas diferenças epistemológicas podem estar presentes e constituir o mesmo processo, neste caso, a docência.
É importante considerar que o saber dos professores é um saber social e está relacionado com a pessoa e a identidade dele; com sua experiência de vida; com sua história profissional; com suas relações com os alunos em sala de aula; e com outros atores sociais. Ele é social, porque é partilhado por um grupo de agentes professores, que possuem uma formação comum; trabalham numa mesma escola; e, por causa da estrutura deste “campo”, estão sujeitos a representações coletivas e a situações coletivas de trabalho. Outra razão é que o que o professor ensina, e como ensina, evolui com o tempo e as mudanças sociais; ou seja, o saber do professor é incorporado, modificado, adaptado em função dos momentos de sua carreira, ao longo de sua trajetória profissional. Na perspectiva de Tardif, o saber do professor está situado na interface entre o individual e o social, entre o ator e a estrutura. Nesse sentido, destaco que o sujeito-professor é um agente social, fruto das interações estabelecidas entre o(s) campo(s) social (is) de que participa e sua subjetividade. Sendo assim, é importante que o professor seja reconhecido como um sujeito sociocultural que constrói e reconstrói seus conhecimentos conforme as necessidades e demandas do contexto histórico e social, suas experiências, seus percursos formativos e profissionais.
Considero, portanto que os saberes da experiência são saberes-práticos e formam um conjunto de representações a partir das quais os professores interpretam, compreendem e orientam sua formação e sua prática cotidiana. Na medida em que o professor enfrenta dificuldades e interage com os campos: social, profissional e escolar, ele utiliza, amplia e modifica o seu habitus. O trabalho docente é uma atividade exercida em interação com outros sujeitos, no campo escolar, que é constituído por relações sociais hierárquicas. As experiências adquiridas nas interações vão sendo articuladas com o aprendizado passado e vão se constituindo numa nova matriz geradora de saberes, que orienta a prática docente, conforme pode ser constatado por Bourdieu, quando diz que “o conhecimento prático é uma operação de construção que aciona sistemas de classificação que organizam a percepção e a apreciação, e estruturam a prática”. A prática profissional do professor está associada aos saberes construídos e incorporados ao longo da trajetória pessoal e profissional. Ao longo da trajetória, o professor vai incorporando os saberes sobre como ensinar, sobre as imagens e papeis de professor, sobre crenças e certezas sobre a prática. Portanto, pode-se considerar que o desenvolvimento profissional é um processo de crescimento pessoal; de aquisição de competências de eficácia de ensino e organização do processo ensino-aprendizagem; e a adaptação do professor ao meio profissional e à instituição escolar. Isso ocorre mediante as relações entre os campos sociais e o agente, num processo contínuo de adaptações e/ou transformações.

_________________Escritos sobre a educação. (Org.). NOGUEIRA, Maria Alice; CATANI, Afrânio. Petrópolis: Vozes, 1998.
________________. O poder simbólico tradução Fernando Tomaz (português de Portugal) – 7ª ed. – Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 2004.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002.
Por Profª Ericka Cunha